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A mostrar mensagens de abril, 2019

Infelicidade do outro

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O desassossego da infelicidade do outro, Andando por caminhos desconhecidos Percorridos em linhas desconexas, Leva-o à crítica constante A gente sossegada e feliz Que vive de uma forma consistente Com a simplicidade como cariz... O desassossego da infelicidade do outro, Fazendo-o viver num desapego Ao amor real e verdadeiro, Leva-o a aninhar-se na solidão De um modo desinteressado pela vida, Ao ponto de não entender Que alguém que passa leva-lhe ao coração Uma forma de poder ser feliz...

Além do horizonte

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Lá longe... Tão longe... Para além do horizonte Será que algum dia saberei o que há? Imagino com curiosidade, Mas não vislumbro qualquer atividade. Leva-me a refletir de como seria, A pensar no que haveria. Para além do horizonte Será abismo ou realidade? Permite-me sentir, sonhar. Sei lá... Assim, sentada na praia Num olhar sem fim, Para uma linha bem definida Numa paisagem feita de cetim. O que será? Lá longe... Tão longe... Para além do horizonte Será que algum dia saberei o que há?...

Um olhar

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E quando um olhar se cruza Como filamentos ao luar, Fica sem saber qual o rumo Que então deveria tomar... E quando um olhar se encontra Enfrentando-se sem esperar, Sem proferir palavra Fica com a certeza de continuar... E quando um olhar se confunde Num outro olhar que vagueia, Sem sentir algo que o chame Se desfaz em devaneio... Mas quando um olhar se mantém Exprimindo o seu sentimento, Depressa se transforma em algo Especial a cada momento.

Hoje

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Hoje... Não me apetece ser alguém. Apetece-me ser o vento que sopra, Ser a gota de água que me molha, Ser a nuvem passageira Que me leva mais além... Hoje... Apetece-me ser o pássaro que canta, As folhas das árvores que dançam, As pedras distribuídas pelo monte, A água do mar que me encanta... Hoje... Não me apetece ser alguém. Apetece-me sentir o ser na sua leveza, A pureza da nossa existência, O perfume da natureza Num ato de delicada beleza. Hoje... Apetece-me...

Menino de rua

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Tu Menino de rua Que com as tua lágrimas Entristeces o meu sorriso, Que com a tua necessidade Me fazes dispensar O que não é preciso, Que com os teus pés descalços Cheios de escaras, Me comoves p'lo esforço E a p'la dor que encaras. Tu Menino de rua Que cresces demasiado depressa, Que só pedes uma trégua À procura de uma recompensa, Que com os brinquedos que usas Brincas, no entanto, com essência. Tens uma realidade amarga De uma absoluta abstinência... Tu Menino de rua Nascida de uma verdade muda, Crescendo sempre sózinho Procurando uma oportunidade futura, Precisas de amor e carinho Para sentires que a esperança perdura...

Questionando-me

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O que me pertence? O sonho. O que desconheço? O instinto. O que partilho? O sorriso, Só porque preciso. O que me entristece? O olhar crítico Perante o ser diferente. O que não suporto? A superioridade, Que tano define a desigualdade. O que é necessário? A amizade e o carinho Dos que aparecem no nosso caminho. O que se retribui? Aquele abraço Quando dado sem cansaço. O que nos define? A emoção Quando nos damos sem exaustão!

Noite de verão

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Numa noite quente de verão Andando descalça naquela praia Sentindo a brisa na minha melancolia, Apeteceu-me respirar maresia Cumprimentando as estrelas que me sorriam Como um soltar de sentimentos Que me explicavam determinados momentos... Como eu precisava de acalmar a mente Depositando em mim nova semente Para que o futuro pudesse ser diferente... Numa noite quente de verão Naquela praia que tanto me delicia, Estar só era o que eu mais queria Procurando a calma que me dominaria Para continuar a apreciar o dia a dia Mergulhada na minha própria alegria!

Silêncio

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Preciso de silêncio... Silêncio para relaxar E renovar o pensamento, Para me responder A tudo o que não quero perguntar. Preciso de silêncio P'ra encontrar o meu lugar, E para que possa falar. Na sua sabedoria Encontro a resposta perfeita P'ra viver o dia a dia. Preciso de silêncio. O silêncio É a respiração do meu sentir, P'ra que a minha vida possa fluir...

O sonho

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O sonho faz parte de mim. É onde encontro a tranquilidade P'ra viver o que não vivo. É onde procuro a serenidade P'ra viver o que vivo. No sonho É onde posso questionar Sem que me questionem. É onde vivo sem preconceitos E ultrapasso os limites do razoável. É onde posso explorar o inexplorável, Porque é permitido... No sonho tudo é permitido. O sonho alivia a alma. O sonho alimenta a vida...

Porque escrevo

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Escrevo sem pretensão. Escrevo porque gosto. Gosto de me exprimir escrevendo, Gosto de me sentir lendo. Ao escrever sinto-me leve. Ao escrever desabafo. Ao pensar gosto de partilhar, De deixar pensamentos no ar Para que alguém os possa apanhar. Observo em meu redor Para refletir melhor. Sinto o dia a dia Sem ser com utopia P'r escrever em sintonia. Escrever faz-me bem, É um modo de falar com alguém. Mas escrevo sem pretensão Sempre sem outra intensão Que não escrever com emoção.