Os teus olhos...

Olhei-te nos olhos.
Sem quereres, falaram comigo.
Senti-te ausente,
Mas percebi que essa ausência
Não era mais do que um refúgio
Para não proferires palavras.
Senti que vagueavas
Algures entre lugares mal posicionados.
Estavas triste.
Numa tristeza sem assunto, e
Perdidamente entre momentos
Não clarificados e pouco continuados.
Mas eras tu...
Tu que outrora sorrias
Por tudo e por nada,
Que sentias como ninguém
O que era ser feliz.
Que tinhas sede de dar,
De transformar o mau no bom...
Quando te olho nos olhos
Revejo-me nessa amplitude de sentimentos,
Revejo-me a recrear bons momentos...
Os teus olhos, aí em frente dos meus,
Não são mais que os meus
Vistos num espelho que reflete
A intensidade de um viver,
De um sofrer, mas também de um reconhecer
Que quando procuramos algo que nos preencha,
Somos felizes...
E felizes transformamos ,
Criamos e amamos!...

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